Quanto ao surf: já fiz mais surf do que agora…. Agora não tenho tido muito tempo. Mas sempre que posso gosto de ir.
FC: Comecei a tocar desde muito cedo sem nunca pensar na parte da voz. O meu gosto era mesmo a guitarra e tentava sempre fazer o que os meus guitarristas de referência como o Hendrix, Gary Moore, Jimi Page faziam. Nunca pensei vir a cantar musicas minhas. Só quando pensei que queria encontrar a minha própria sonoridade é que isso aconteceu. Comecei a tocar em bares. Tocava e cantava versões das minhas influências. Na altura era Reggae, essencialmente. Depois comecei a escrever os meus próprios temas e comecei a gostar de alguns. Foi quando pensei que algumas coisas soavam bem e que podiam vir a ser canções.
EM: Em «Family Tree» entre procura, partidas e chegadas, fica claro que a Família é o teu maior pilar?
FC: Famiy Tree nasceu das circunstâncias. Tive 2 anos carregados de experiências pessoais fortes. Fui pai, mudei de casa 2 vezes, casei, lancei o meu primeiro EP… foram coisas que me marcaram como pessoa e que convergiram no mesmo sentido que foi o de começar uma família e de apostar num caminho que queria seguir. Foi uma época de balanço e de pensar na vida. De onde vim e para onde quero ir. Quando estava a preparar o disco escrevi o tema “Family Tree” e achei que essas duas palavras resumiam todo o álbum.
FC: Não. O formato de One Man Band surgiu porque já tinha temas que funcionavam bem nesse formato e achei desafiante e honesto apresentá-los ao vivo assim. Com os Toranja foi uma estadia curta. Gostei bastante pois foi a primeira vez que fui para estudio mas não pensei em repetir projectos com Toranja.
EM: Qual consideras ser o «estado d’arte» da música feita em Portugal?
FC: Há muita coisa boa a aparecer neste momento:
– Julie and the Carjackers: é uma banda com excelentes musicos e com uma sonoridade muito original para Portugal;
– Norberto Lobo: é um excelente guitarrista;
– Emmy Curl: tem uma visão musical da qual eu gosto muito e uma voz incrível;
– DJ Ride: é dos melhores Djs que tenho visto;
– Cais do Sodré Funk Connection: tocam possivelmente o melhor funk em Portugal;
– You Can’t Win Charlie Brown: a banda com melhores arranjos, a par e passo com Julie and the Carjackers
– Stereo Addiction: dos melhores (senão o melhor) progressive nacional
EM: Que relação tens com as novas tecnologias? Quais os canais que costumas utilizar de uma forma mais activa para comunicares com os teus fãs?
FC: Utilizo o Facebook e Reverbnation. Costumava utilizar o Myspace mas desde que mudaram o grafismo não me consigo entender com aquilo….
FC: Varia entre dois métodos, penso eu. Ou escrevo primeiro a letra e depois faço a musica ou componho primeiro a musica e depois sai a letra.
FC: Licenciei-me em gestão de empresas e trabalho em marketing.
FC: Robert Johnson; Jimi Hendrix; Ali Farka Touré; The Black Keys; The Racounteurs; The Cat Empire; Beck; Tomatito (para começo de noite a comer umas tapas); Sublime; Ramones.
EM: Quando olhas para ti consegues dizer: “este vai ser o meu plano de carreira”, ou entendes a criação sobretudo como fruição?
FC: este é o meu plano de carreira.
EM: Por onde vais andar nos próximos tempos? Onde é que as pessoas te podem ver?
FC:
Queima das fitas Lisboa: 13 Maio
Queima das fitas Algarve: 14 Maio
Estoril Surf Music Billabong Girls: 9 Junho
Eco Festival “Salva a Terra” (Salvaterra de Magos): 11 Junho
OutJazz: 24 Junho (Jardim do Principe Real)
Arrifana Sunset Fest: 31 Julho (Arrifana)