Depois da entrevista aos Moons (disponível aqui), a segunda entrevista do Musical Eclecticism a artistas brasileiros é com Phill Veras. Jovem do Maranhão, Phill tem vindo a construir, desde 2013, uma sólida carreira no Indie cantado em português. Fiquem a conhecê-lo melhor:
EM: A Internet é em parte responsável por permitir que um jovem do Maranhão, no Nordeste Brasileiro, seja ouvido um pouco por todo o Mundo. Consideras ser um artista fruto da globalização e da tecnologia?
Phill Veras: Com certeza, a internet tem sido meu escritório desde o começo da minha carreira, torna a logística bem menos difícil.
EM: Foi também certamente a Internet que te permitiu conhecer muitos dos artistas que podem ser agora influenciadores no teu trabalho? Sem ser a Internet, de que forma tiveste acesso a música no teu processo de crescimento?
Phill Veras: Antes da internet eu contei muito com a ajuda do meu pai. Meu pai coleciona discos de todos os gêneros desde sempre, é a pessoa que mais me influenciou na música.
EM: No teu terceiro álbum «Alma» (saiu a 17 de Agosto de 2018), na segunda faixa cantas: “Meu coração minha bússola”. O “Amor” é a bússola que guia a tua escrita?
Phill Veras: Nessa música eu me refiro a força da intuição, acredito muito nisso. Mas com toda certeza o “amor” é e sempre será uma seta importante para minhas trilhas.
EM: Conheces alguma coisa da música portuguesa? Para quando concertos em Portugal?
Phill Veras: Cheguei a ouvir Os Azeitonas em 2008, uma amiga me mostrou ainda no colégio, achei ótimo. Admiro o trabalho do António Zambujo, acho de uma delicadeza absurda de linda. Estou me programando para concertos em Portugal no ano que vem, com muita ansiedade.
EM: A propósito, qual consideras ser o «estado d’arte» da música feita no Brasil e no Mundo?
Phill Veras: Acho que a música no geral vive em constante estado transitório, independente do país. Obviamente o constante desenvolvimento da tecnologia carrega a música nos braços. Os músicos sempre se flagram em processos de adaptação, há quem não goste, eu adoro. Não costumo analizar profundamente isso, acho importante, mas ainda não adquiri o hábito.
EM: Que nomes colocavas no seu “Festival Ideal”? (Vivos ou não)
Phill Veras: John Lennon, Lana Del Rey, The Last Shadow Puppets, Connan Mockasin e Nirvana.
EM: Se tivesse que identificar os 5 melhores álbuns de sempre, qual era a sua escolha? E porquê?
Phill Veras:
Damon Albarn – Everyday Robots
Nirvana – In Utero
Caetano Veloso – Transa
Doces Bárbaros – Doces Bárbaros 1976
Tame Impala – Lonerism
São 5 dos vários álbuns que mudaram para sempre a minha vida, moldaram minha personalidade.
EM: Quais são os teus planos para os próximos meses? Por onde irás andar?
Phill Veras: Pretendo tocar com a banda por aí. Quero focar no trabalho com a banda, passei bastante tempo fazendo voz e violão. A gente começou a marcar alguns shows em algumas cidades do país, a ideia é expandir cada vez mais geograficamente.
Obrigado Phill e muito sucesso!
Agradecimento especial:
Letícia Saraiva da Trovoa
No Comments Yet!
You can be the first to comment on this post!